terça-feira, setembro 27, 2005

CAPÍTULO I

Capítulo I


1979
7:30h - Hospital


Um casal entra violentamente pelo hospital dentro.
_É o meu primeiro filho! Alguém me ajude!
_Tenham calma e sente a sua esposa nesta cadeira.
São os meus Pais minutos antes de eu nascer. Uma enfermeira conduz a cadeira de rodas para um quarto, enquanto que o meu Pai é levado para a sala de espera. A minha Mãe está agora numa marquesa rodeada por vários médicos, enquanto que o meu Pai está na sala de espera a fumar cigarro atrás de cigarro. Entra um médico na sala de estar.
_Então doutor? Já nasceu?
_Receio ter más notícias. Vamos ter que a operar.
_O que se passou? Qual foi o problema?
_Vamos ter de operar a sua esposa para ver se não perdemos o seu filho.
_Meu Deus ajuda-me. É o meu primeiro filho.
Minha Mãe está agora numa sala de operações rodeada por mais médicos ainda. O meu Pai está agora mais nervoso do que nunca, pois o tempo passa e ninguém lhe dá notícias. De repente entra um médico, com um sorriso na cara e uma bata toda ensanguentada.
_Doutor! Boas notícias?
_Sim. Parabéns! Tem um belo filho.
O meu Pai entra sorridente na sala, a minha Mãe está deitada ainda meio a dormir e eu estou deitado num balcão ligado a uma máquina.
_Querida, estás bem?
_Conseguimos amor. É lindo.
O meu Pai dá um beijo à minha Mãe e a minha máquina começa a emitir um som de alarme. Um médico entra rapidamente pela sala dentro e começa a me reanimar. Os meus Pais estão agarrados um ao outro a chorar. Agora já são dois médicos e os minutos estão a passar. Cinco. Dez. Quinze minutos e nada. Está tudo a desesperar, foi quando o meu Pai levantou-se, caminhou para mim e ajoelhou-se.
_Deus todo-poderoso! Envia-nos um anjo!
Ao mesmo tempo que o meu Pai repete o pedido, as luzes da sala começam a ficar intermitentes e mais fortes. As luzes voltam à intensidade normal e o som de alarme pára. Os médicos mandam toda a gente se calar e ficam à escuta. O som agora já é alternado e no leitor já se lê a minha tensão. O meu Pai continua de joelhos à minha frente, enquanto que a minha Mãe reza.
_Obrigado meu Deus.
_Bem lhe pode agradecer. Já íamos desistir.
Já passou uma semana, a minha Mãe está agora instalada num quarto e o meu Pai está sentado a dar-lhe a mão. Uma enfermeira entra no quarto comigo ao colo.
_O nosso filho! Finalmente.

O meu Pai levanta-se e pega em mim. Levanta-me no ar, vira-me para a luz que vem da janela e sorri lá para fora. _Meu Deus! Obrigado pelo anjo que nos enviaste. Como agradecimento iremos dar ao nosso filho um nome de um grande anjo. O nosso filho chamar-se-á... Gabriel!

2 Comments:

At quinta-feira, outubro 06, 2005 1:38:00 da tarde, Blogger noasfalto said...

vou para o 2º capítulo!

 
At quarta-feira, novembro 09, 2005 5:38:00 da tarde, Blogger roque said...

Tá fixe, parabéns.

 

Enviar um comentário

<< Home